António Roma Torres

Psiquiatra e psicoterapeuta com vasta experiência no campo do psicodrama e da terapia sistémica familiar.


Ocupou cargos de relevo na área médica hospitalar, como o de diretor durante dez anos da Clínica de Psiquiatria e Saúde Mental do Centro Hospitalar São João (Porto).

Foi crítico de cinema com atividade regular durante vinte e cinco anos no Jornal de Notícias, e na revista de cinema A Grande Ilusão.

Exerceu ainda atividade docente na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e particularmente no Instituto de Saúde Pública, na Faculdade de Psicologia da Universidade Católica e no Instituto Superior de Serviço Social.

Nos últimos anos promoveu na cidade do Porto os ciclos Cinema Saúde Doença com debate público de temas de saúde a partir da projeção de filmes.

WORKSHOPS:

> FITAS QUE NEM VISTAS - PSICODRAMA E CINEMA - I - Cinedrama (Excertos/Clipes Cinematográficos como Objectos Intermediários)

> FITAS QUE NEM VISTAS - PSICODRAMA E CINEMA - II - Videodrama (Câmara de Video/Telemóvel como Objectos Intermediários)

Dinamizador: António Roma Torres
Co-dinamizador: Sara de Sousa (+), Maria João Brito (+) e Gabriela Moita(+)

RESUMO: J. L. Moreno emigrou para os EUA em 1925 com a intenção de patentear a invenção de uma forma de registo audio-visual, com o engenheiro, seu colaborador e irmão da sua namorada, Franz Lornitzo, em Viena, a que chamou radiofilm (Moreno , J D, Impromptu Man, Bellevue Literary Press , 2014 , 91 -94 ).

Contudo foi mais bem-sucedido na expansão do teatro de espontaneidade, psicodrama no seu desenvolvimento terapêutico, do que na do aparelho de gravação de sons e/ou imagens, campo em que olho para o negócio de Thomas Eddison, levava já grande vantagem.

Nestes workshops pretendemos repor o difícil balanço entre a espontaneidade e o registo que sempre fascinou Moreno que ainda em 1947 considerava que " fragmentos ou mesmo consideráveis partes de muitos dramas ou filmes poderiam ser considerados terapêuticos se pudessem ser cortadas do resto " (Moreno J L, Psicodrama, Cultrix, 2002, IX. Filmes Terapêuticos, 445-486). Roma-Torres desenvolveu estas abordagens com Luciano Moura, Rosário Curral, Isabel Brandão e Isabel Soares (O uso da câmara de vídeo como objecto intermediário num grupo de pacientes bulímicas: reflexão sobre o poder e o olhar na relação terapêutica, Psicodrama, 5, 97-106, 1998), e com Mariana Fontoura e Sara de Sousa (Cinedrama: Uma Ferramenta Terapêutica de Desempenho de Papéis Para Pacientes Psicóticos, Psicodrama,7, 25-37, 2014) e a partir de 2023, e do módulo de Sociodrama e Psicopatologia, em 28 de Março e 15 de Abril de 2023, dinamizou um grupo de trabalho em Cinedrama com cinco formadores e cinco formandos então presentes e oito video-reuniões realizadas até um ano depois, a partir das quais pretende agora abrir à SPP a experiência/investigação em curso, propondo reflectir sobre o tema do congresso Liberdade, Criação e Encontro, uma questão com que sonham revolucionários e reaccionários, políticos e eleitores, artistas e cientistas, terapeutas e gente comum, santos e pecadores, extremistas e moderados, heróis e prudentes evocando a memória ou a imaginação de há 50 anos e interrogando-se sobre como transformar o país, ou o mundo ou simplesmente a si próprios.

Depois de um aquecimento breve usaremos o cinema e o vídeo como objecto intermediário numa acção dramática a partir de um clipe do filme PRIMEIRA OBRA de Rui Simões (2024), uma sua reflexão sobre "o mais amanhecido de todos os regimes".

Os participantes assinarão uma declaração de autorização de utilização das imagens captadas nos workshops que serão depois montadas pelo realizador Rui Simões, considerado por Roma-Torres no dedo médio de uma mão em que identificou as linhas do cinema português depois de Abril "cujo objectivo parece ser filmar a vida, esbatendo a separação entre o actor e a personagem, e com a câmara estimulando a liberdade e o improviso" (Espelhos Mágicos – A Filmosofia em Manoel de Oliveira, Afrontamento, 2022, p. 181), e que apresentou já em 2004 no VII Congresso Português de Psicodrama, na Póvoa de Varzim, o seu filme sobre o grupo de teatro terapêutico do Hospital Júlio de Matos, TEATRO DE SONHOS (2003), e serão discutidas depois com ele em duas tertúlias psicodramáticas a realizar oportunamente em Lisboa e Porto.


WORKSHOP - Teatro e Psicodrama - "O Último Cigarro" - Palavras são Pérolas da Imaginação

Dinamizador: António Roma Torres
Co-dinamizador: José Luís Mesquita (+) e Ana Sofia Pinto (+)

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